Ok, admito, eu tenho medo.
Medo de me perder dentro desse mundo doido e não saber mais quem eu sou.
De perder a espontaneidade e ser como a maioria das pessoas são: travadas, sérias, pessimistas.
Engraçado, quando se é criança, a gente torce pra que o tempo passe rápido pra crescer logo e poder andar naquele brinquedo onde só as crianças grandes podem brincar. Poder entrar no cinema e ver filme pra mais velho, poder dirigir...
Então o tempo passa mais rápido do que imaginávamos, daí queremos voltar.
Voltar porque não temos nada planejado e o peso das responsabilidades dão medo, porque enquanto a gente é criança e não consegue alcançar aquele biscoito lá em cima no armário, é só gritar: "paaaaai, vem pegar pra mim", e ele pega. Quando estamos atrasados e não achamos aquela blusa que cismamos em usar, dizemos: "mããe, você viu minha blusa?" e em segundos ela aparece.
Mas quando se é adulto não tem ninguém pra pegar o biscoito de cima do armário, nem pra achar aquela bendita blusa que não aparece de jeito nenhum. Não tem ninguém para tomar as decisões pela gente, é a nossa cabeça nos guiando, e isso dá um medo tão grande. Medo de fazer a coisa errada, de falhar, de cair e não conseguir levantar.
O que se faz quando se tem a espontaneidade e a inocência de uma criança, tendo que viver num mundo de gente grande?
Sempre soube muito bem quem eu NÃO queria ser. Nunca quis ser mais um fantoche do mundo, que faz as coisas pra agradar aos outros, mas sem a mínima vontade, trabalha sem prazer, se finge amigo sem o ser, namora sem amar etc.
Mas não posso dizer que sei exatamente quem eu quero ser. Isso é normal? Querer tudo ao mesmo tempo, querer abraçar o mundo?
Minha mãe que sempre fala isso, que eu quero abraçar o mundo. É, eu quero. Quero abraçar, dar pirueta com o mundo, jogar ele pra cima e pegar com uma mão só.
Sei lá, queria ter mais tempo pra pensar, pra respirar, o tempo passa muito rápido e eu sou muito devagar.
Por isso tenho medo, de não dar tempo pra fazer tudo o que eu quero, de construir a pessoa que eu quero ser.
Não tenho medo o tempo todo, só às vezes, como naquelas horas quando a gente é criança e pede ajuda aos pais. Então.
Mas de jeito nenhum desisto do que eu quero. E sendo assim tenho certeza que um dia todos vão ouvir falar, da menina que abraçou o mundo.
Medo de me perder dentro desse mundo doido e não saber mais quem eu sou.
De perder a espontaneidade e ser como a maioria das pessoas são: travadas, sérias, pessimistas.
Engraçado, quando se é criança, a gente torce pra que o tempo passe rápido pra crescer logo e poder andar naquele brinquedo onde só as crianças grandes podem brincar. Poder entrar no cinema e ver filme pra mais velho, poder dirigir...
Então o tempo passa mais rápido do que imaginávamos, daí queremos voltar.
Voltar porque não temos nada planejado e o peso das responsabilidades dão medo, porque enquanto a gente é criança e não consegue alcançar aquele biscoito lá em cima no armário, é só gritar: "paaaaai, vem pegar pra mim", e ele pega. Quando estamos atrasados e não achamos aquela blusa que cismamos em usar, dizemos: "mããe, você viu minha blusa?" e em segundos ela aparece.
Mas quando se é adulto não tem ninguém pra pegar o biscoito de cima do armário, nem pra achar aquela bendita blusa que não aparece de jeito nenhum. Não tem ninguém para tomar as decisões pela gente, é a nossa cabeça nos guiando, e isso dá um medo tão grande. Medo de fazer a coisa errada, de falhar, de cair e não conseguir levantar.
O que se faz quando se tem a espontaneidade e a inocência de uma criança, tendo que viver num mundo de gente grande?
Sempre soube muito bem quem eu NÃO queria ser. Nunca quis ser mais um fantoche do mundo, que faz as coisas pra agradar aos outros, mas sem a mínima vontade, trabalha sem prazer, se finge amigo sem o ser, namora sem amar etc.
Mas não posso dizer que sei exatamente quem eu quero ser. Isso é normal? Querer tudo ao mesmo tempo, querer abraçar o mundo?
Minha mãe que sempre fala isso, que eu quero abraçar o mundo. É, eu quero. Quero abraçar, dar pirueta com o mundo, jogar ele pra cima e pegar com uma mão só.
Sei lá, queria ter mais tempo pra pensar, pra respirar, o tempo passa muito rápido e eu sou muito devagar.
Por isso tenho medo, de não dar tempo pra fazer tudo o que eu quero, de construir a pessoa que eu quero ser.
Não tenho medo o tempo todo, só às vezes, como naquelas horas quando a gente é criança e pede ajuda aos pais. Então.
Mas de jeito nenhum desisto do que eu quero. E sendo assim tenho certeza que um dia todos vão ouvir falar, da menina que abraçou o mundo.
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