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Sobre um pedacinho de mim...

A primeira vez que te vi você era bem pequenininha, do tamanho das minhas bonecas. Eu não entendia muito bem, achei que minha mãe tivesse trazido para casa mais uma. Então com você fiz todas as atrocidades que fiz com todas elas. Pintei seu rosto de batom, apertei seu nariz, sua boca, seus olhos, suas bochechas, puxei seus cabelos, tentei te esconder debaixo da cama, tentei arremessar dentro do berço objetos que passaram de raspão pela sua cabeça. Mas logo percebi que você era diferente. Elas não me respondiam, mas você sempre retribuia com um enorme sorriso. Logo passou a ser de todas a minha favorita. E ainda é, até hoje. Você foi um presente que meus pais me deram, o melhor de todos. A amizade mais sincera que eu tenho. Só a gente entende. Eu sei que posso sempre contar com você e tenho certeza que você sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa. Só você me conhece pelo olhar, sabe me fazer rir, faz o choro logo passar, me faz ver a vida de uma forma mais simples... queria ca...

Sobre as cores do mundo...

Costumo dizer que a vida é uma tela em branco e as pessoas são artistas, responsáveis por dar cor à vida conforme o tempo for passando. Mas o mundo é um cenário em preto e branco e ele serve de referência à nossa pintura. Cada um pinta a tela da forma que quiser, mas, se o mundo já é tão pobre de cores, por que não tornar a vida mais colorida? Perdi a conta das vezes que, de forma negativa, me disseram que meu mundo é "muito cor-de-rosa". Mentira. Meu mundo é de várias cores, ele é rosa, azul, verde... ele é da cor que eu quiser pintar. O importante é viver no mundo da melhor forma possível, sabendo que, se não for você a colorí-lo, ninguém o fará por você. Então pinte sorrisos, pinte alegria, pinte lágrimas de felicidade. Pinte sabedoria, dedicação e experiência. Coisas sérias também podem ser coloridas. Mas a escolha é sua. No final da vida você pode ter uma bela pintura cheia de cores vivas ou um rabisco em preto e branco. Que tipo de vida você quer levar? Não esque...

Sobre infância e a simplicidade das coisas...

Q uando eu era pequena dizia pra minha mãe que, quando eu crescesse, queria ser "aquelas moças que andam de patins no mercado". Toda vez que meu pai levava eu e minha irmã para tirar sangue, a gente perguntava: pai, vai doer? Ele falava: minha filha, não vou mentir pra você, vai doer, mas é rapidinho, e logo depois levo vocês pra tomar sorvete. Eu e minha irmã deixavamos umas lagrimazinhas correrem bem tímidas e sem gritar... mas assim que a enfermeira tirava a agulha era automático: "pronto pai, agora vamos tomar sorvete?" Quando a gente é criança a gente fica tão feliz com tão pouquinho né? Quem dera que nós crescessemos e continuasse sendo assim, um sorvete compensasse qualquer dor. O mais incrível em ser criança é não ter que ter responsabilidades, não conhecer a maldade, não saber que existem no mundo pessoas cruéis, não como os vilões dos desenhos que são obviamente ruins, mas pessoas aparentemente bem intencionadas, só que sabem enganar, ment...

Sobre saudade...

Algumas pessoas simplesmente não deveriam partir... Será egoísmo meu querem tanto que você ficasse mais, para não sentir essa dor tão forte que a sua ausência causa? Não tem um dia que eu não lembre de você e são tantas as coisas que eu queria te dizer. Me diz seu endereço, aonde você está, tinha que haver um telefone no céu para poder te ligar. Mas o silêncio é um aviso e é quase um grito insurdecedor, que me impede de pensar. Queria você aqui. Tem tanta gente nesse mundo que não dá valor à vida, enquanto você, que apesar de toda o sofrimento, tinha tanta vontade de viver. Não tinha que ir, simplesmente não tinha, e eu não entendo, porque não é justo. Espero que, aonde quer que você esteja, seu sorriso esteja sempre em seu rosto, que não haja mais dor, nem sofrimento, que você esteja 100% feliz, porque você merece, sempre mereceu. Saudades absurdas de você, a gente ainda vai se encontrar, mas até lá ainda encontro o número do céu para te ligar.

Sobre felicidades...

Felicidade é um sentimento meio complicado de entender e existe de vários tipos. Existe a felicidade momentânea, que geralmente dura bem pouco e, posteriormente segue de um sentimento antagônico, como a tristeza, ou talvez o arrependimento, ou ódio etc. Existe a felicidade prolongada, quando a gente acha que está feliz do jeito que está e por isso vai levando, é o comodismo. Mas até que chega o ponto onde não há mais como fingir que está tudo bem. Você não está mais satisfeito com a situação, ao ponto de ser capaz de abrir mão dela para escolher um caminho mais incerto. Também existe a felicidade egoísta, que na verdade é uma baita sacanagem. É a gente ser feliz através da infelicidade do outro. A felicidade-madre-tereza-de-calcutá é quando você fica verdadeiramente feliz com a felicidade dos outros. Mas não estou falando do "aaai amigaaaa, to tão feliz por vocêêêê...... vaca filha da puta" não. Estou falando como se o motivo da alegria do próximo te trouxesse uma alegria...

Sobre pessoas-livros...

Para mim pessoas que acabamos de conhecer são como livros que acabamos de comprar. A capa nos dá a primeira impressão: Julgamos se o conteúdo é ou não interessante. Então nos permitimos conhecer seu interior. Página por página é uma novidade, nos surpreendemos. Nem sempre o que descobrimos tem muito a ver com que imaginamos ao julgar o livro pela capa. Continuamos a leitura, nossa curiosidade é insaciável, temos sede de saber. Quando nos damos conta, já se passara um capítulo. Tantas descobertas, tantas novas informações. Mas nós sempre queremos mais, então continuamos. capítulo 2,3,4...capítulo 10,11,12... Com a vista cansada, paramos um pouco, deixamos o livro por um momento de lado. Ele já não se encontra mais no mesmo estado que fora comprado. Algumas orelhas começam a aparecer, em páginas que insistimos em marcar para reler, ou simplesmente porque as julgamos importantes. Em uma das páginas deixamos derramar água, algumas palavras foram borradas, não deixando muito claro o qu...

Sobre escolhas...

Uma das maiores incapacidades do homem é a habilidade de tomar decisões. Não conheço uma pessoa que não seja indecisa. É lógico que algumas são muito mais que outras. Eu tenho dúvida até nas coisas mais simples. Por exemplo, passei horas pensando sobre o que escrever nesse post. Primeiro pensei em falar sobre amizade, mas não conseguia sair do senso comum, então desisti e passei a escrever sobre saudade.. depois tristeza.. depois saudade dos amigos que me deixava triste.. e não saía nada que prestasse, lógico, por causa desse problema biológico de tomar decisões. É quase um defeito de fabricação. Pensando nisso, me decidi: "vou falar sobre escolhas"... mas só nesse meio tempo já pensei em mudar umas 3 vezes. O pior é quando a gente tem que escolher entre o certo e o errado, o que faz bem ou mal. Fazer a escolha certa é meio complicado, porque "o certo" é totalmente subjetivo. O que é certo pra mim, não necessariamente será pra você. Então, nessas horas, não adianta ...