Sem sossego, sempre na correria, não há silêncio: barulho de carros, buzinas, sirenes, ônibus, mil pessoas falando, tudo ao mesmo tempo.
O céu sem estrelas, a fumaça sem fim, o tempo é sempre uma incognita: de manhã faz um tremendo frio, a tarde já está um calor de 40º.
Não vejo mais verde, não vejo bichinhos estranhos, nada surpreende, vivemos numa rotina.
E as pessoas? Estranhos passando, ninguém se fala, ninguém se cumprimenta. Andando com fones de ouvido por aí, falando no telefone, estamos sempre sós.
O ser hurbano é um ser solitário, auto-suficiente. Na maioria das vezes, desapegado, o que, na minha opinião, é muito triste.
Pois tudo em sua vida é efêmero, nada fica, ele não cria laços. Ele apenas vive. Como um robô, não tem sentimentos, isso é, pelo menos, o que ele transparece.
Outra característica do ser hurbano, um ser que não gosta de se mostrar, que gosta dessa armadura, gosta de parecer forte. Ao mesmo tempo que ele não liga para ninguém, se importa com o que os outros pensam, mas vive negando.
A vida urbana é uma competição, e cada um tenta ser melhor que o outro, tenta passar por cima do outro, ninguém ajuda ninguém.
Não quero fazer parte desse mundo, não quero competir, só quero viver bem. Quero coisas simples, não quero ter que explicar, também não exijo explicações. Só quero ver estrelas no céu, quero respirar um ar puro, quero ver mais verde e bichinhos estranhos, quero cumprimentar as pessoas, quero dividir minha música com os outros, ou ouvir a música alheia, quero ajudar os outros, e não passar a perna em ninguém, quero ser ajudada.
Quero tirar essa armadura, sair dessa bolha, não quero mais ser forte, não tem porquê. Isso é ser covarde, ter medo do que vem pela frente, medo de sentir demais ou de se magoar.
Por isso que eu teimo, por viver num mundo que não é meu. Me sinto deslocada, solitária, como um ser hurbano se sente, mas não fala.
O céu sem estrelas, a fumaça sem fim, o tempo é sempre uma incognita: de manhã faz um tremendo frio, a tarde já está um calor de 40º.
Não vejo mais verde, não vejo bichinhos estranhos, nada surpreende, vivemos numa rotina.
E as pessoas? Estranhos passando, ninguém se fala, ninguém se cumprimenta. Andando com fones de ouvido por aí, falando no telefone, estamos sempre sós.
O ser hurbano é um ser solitário, auto-suficiente. Na maioria das vezes, desapegado, o que, na minha opinião, é muito triste.
Pois tudo em sua vida é efêmero, nada fica, ele não cria laços. Ele apenas vive. Como um robô, não tem sentimentos, isso é, pelo menos, o que ele transparece.
Outra característica do ser hurbano, um ser que não gosta de se mostrar, que gosta dessa armadura, gosta de parecer forte. Ao mesmo tempo que ele não liga para ninguém, se importa com o que os outros pensam, mas vive negando.
A vida urbana é uma competição, e cada um tenta ser melhor que o outro, tenta passar por cima do outro, ninguém ajuda ninguém.
Não quero fazer parte desse mundo, não quero competir, só quero viver bem. Quero coisas simples, não quero ter que explicar, também não exijo explicações. Só quero ver estrelas no céu, quero respirar um ar puro, quero ver mais verde e bichinhos estranhos, quero cumprimentar as pessoas, quero dividir minha música com os outros, ou ouvir a música alheia, quero ajudar os outros, e não passar a perna em ninguém, quero ser ajudada.
Quero tirar essa armadura, sair dessa bolha, não quero mais ser forte, não tem porquê. Isso é ser covarde, ter medo do que vem pela frente, medo de sentir demais ou de se magoar.
Por isso que eu teimo, por viver num mundo que não é meu. Me sinto deslocada, solitária, como um ser hurbano se sente, mas não fala.
Comentários
O "SER HURBANO" é mais que um "MEDROSO", bem mais que um "Auto-Suficiente". Ele, ou nós, nada mais é que alguém que se retrai com a necessidade de não se expor. E sim, pensa em como as pessoas pensam nele, mas por um medo existente em todos nós, pela questão do pudor moral.
Não sei se esse mundo ainda é capaz de olhar estrelas e respirar ar puro, mas em breve seremos um mundo no qual o pudor será extinto e a galera começará a falar (mesmo que pelo teclado).
No fim é bem dizer a mesma coisa...
"SER HURBANO"...