Quantas vezes você me salvou. De não cair da bicicleta, de colégios de freira, de ter um mau gosto musical. Quantas vezes você me pegou no colo quando o choro aumentava, quando eu me machucava, quando precisava trocar a fralda. Quantas vezes você torceu por mim nas olimpíadas do colégio, na escolha da carreira, no primeiro emprego e até quando me defendi daquele menino gordinho e maior do que eu na piscina do clube. Admiro seus poderes de ativar a super paciência, desintegrar o cansaço pra andar no shopping e fazer mercado, dos seus dedos multiplicadores de dígitos na conta bancária. Na minha, pelo menos. Também admiro seu super conhecimento sobre todos os assuntos, seu super gosto musical e seu super pão com ovo de manhã. E suas ferramentas? Dezenas de utensílios ultra secretos. Até hoje não sei para que serve aquele scanner de cartão e nem aquela mesa cheia de botão que ficam no seu Bat-escritório. Vovó falou uma vez de quando você era pequeno e fazia de conta qu