Cheguei a conclusão de que as pessoas
gostam muito de reclamar. Mas acho que é porque no fundo elas não sabem muito
bem o que querem. Talvez algumas só porque são chatas mesmo, mas no geral é a
primeira opção.
Houve um tempo em que Rafinha Bastos era
ídolo. O cara era consagrado um gênio da piada. Daí ele faz uma brincadeirinha
infame, como se ele já não fizesse antes, com uma celebridade e ele vira
inimigo número um nas redes sociais.
Não estou defendendo nenhum lado. Mas é um
bom exemplo.
Um caso recente é o da mulher careca do
Pânico. Eu nunca assisto Pânico, tenho meus motivos. Não que não seja
engraçado, não posso pressupor que as milhões de pessoas que compõem uma média
de 10 pontos de audiência no horário nobre estejam todas enganadas. Mas quando
todas elas resolvem reclamar de que a mulher raspou a cabeça ao vivo, me
pergunto se elas realmente entendem o espírito do programa.
Eles não estão lá promovendo a ética e o
politicamente correto há muito tempo e todo muito sempre achou engraçadinho.
Daí, porque resolvem raspar a cabeça de uma das panicats, que provavelmente
concordou com isso e, não tenho dúvidas, recebeu por isso, todo mundo começa a
achar desrespeito com quem tem câncer.
Galera, o trabalho deles é causar polêmica
desrespeitando os outros, não entendo o porquê do espanto agora.
Uma pequena reflexão: Se não querem ver
sensacionalismo, parem de ver programas sensacionalistas. Assim como, se não
querem ficar em pé, não vão ao banco no horário do almoço pagar contas. Se não
gostam de carne, não vão a um rodízio. Se não gostam de gays, negros, gordos ou
se vocês tem qualquer outro tipo de preconceito, guardem pra vocês.
Ninguém é obrigado a ouvir suas lamurias. A
não ser seu terapeuta, que feliz ou infelizmente é pago pra isso.
É isso, já reclamei demais, vou dormir.
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