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Mostrando postagens de junho, 2010

Sobre um pedacinho de mim...

A primeira vez que te vi você era bem pequenininha, do tamanho das minhas bonecas. Eu não entendia muito bem, achei que minha mãe tivesse trazido para casa mais uma. Então com você fiz todas as atrocidades que fiz com todas elas. Pintei seu rosto de batom, apertei seu nariz, sua boca, seus olhos, suas bochechas, puxei seus cabelos, tentei te esconder debaixo da cama, tentei arremessar dentro do berço objetos que passaram de raspão pela sua cabeça. Mas logo percebi que você era diferente. Elas não me respondiam, mas você sempre retribuia com um enorme sorriso. Logo passou a ser de todas a minha favorita. E ainda é, até hoje. Você foi um presente que meus pais me deram, o melhor de todos. A amizade mais sincera que eu tenho. Só a gente entende. Eu sei que posso sempre contar com você e tenho certeza que você sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa. Só você me conhece pelo olhar, sabe me fazer rir, faz o choro logo passar, me faz ver a vida de uma forma mais simples... queria ca

Sobre as cores do mundo...

Costumo dizer que a vida é uma tela em branco e as pessoas são artistas, responsáveis por dar cor à vida conforme o tempo for passando. Mas o mundo é um cenário em preto e branco e ele serve de referência à nossa pintura. Cada um pinta a tela da forma que quiser, mas, se o mundo já é tão pobre de cores, por que não tornar a vida mais colorida? Perdi a conta das vezes que, de forma negativa, me disseram que meu mundo é "muito cor-de-rosa". Mentira. Meu mundo é de várias cores, ele é rosa, azul, verde... ele é da cor que eu quiser pintar. O importante é viver no mundo da melhor forma possível, sabendo que, se não for você a colorí-lo, ninguém o fará por você. Então pinte sorrisos, pinte alegria, pinte lágrimas de felicidade. Pinte sabedoria, dedicação e experiência. Coisas sérias também podem ser coloridas. Mas a escolha é sua. No final da vida você pode ter uma bela pintura cheia de cores vivas ou um rabisco em preto e branco. Que tipo de vida você quer levar? Não esque

Sobre infância e a simplicidade das coisas...

Q uando eu era pequena dizia pra minha mãe que, quando eu crescesse, queria ser "aquelas moças que andam de patins no mercado". Toda vez que meu pai levava eu e minha irmã para tirar sangue, a gente perguntava: pai, vai doer? Ele falava: minha filha, não vou mentir pra você, vai doer, mas é rapidinho, e logo depois levo vocês pra tomar sorvete. Eu e minha irmã deixavamos umas lagrimazinhas correrem bem tímidas e sem gritar... mas assim que a enfermeira tirava a agulha era automático: "pronto pai, agora vamos tomar sorvete?" Quando a gente é criança a gente fica tão feliz com tão pouquinho né? Quem dera que nós crescessemos e continuasse sendo assim, um sorvete compensasse qualquer dor. O mais incrível em ser criança é não ter que ter responsabilidades, não conhecer a maldade, não saber que existem no mundo pessoas cruéis, não como os vilões dos desenhos que são obviamente ruins, mas pessoas aparentemente bem intencionadas, só que sabem enganar, ment