Sem sossego, sempre na correria, não há silêncio: barulho de carros, buzinas, sirenes, ônibus, mil pessoas falando, tudo ao mesmo tempo. O céu sem estrelas, a fumaça sem fim, o tempo é sempre uma incognita: de manhã faz um tremendo frio, a tarde já está um calor de 40º. Não vejo mais verde, não vejo bichinhos estranhos, nada surpreende, vivemos numa rotina. E as pessoas? Estranhos passando, ninguém se fala, ninguém se cumprimenta. Andando com fones de ouvido por aí, falando no telefone, estamos sempre sós. O ser hurbano é um ser solitário, auto-suficiente. Na maioria das vezes, desapegado, o que, na minha opinião, é muito triste. Pois tudo em sua vida é efêmero, nada fica, ele não cria laços. Ele apenas vive. Como um robô, não tem sentimentos, isso é, pelo menos, o que ele transparece. Outra característica do ser hurbano, um ser que não gosta de se mostrar, que gosta dessa armadura, gosta de parecer forte. Ao mesmo tempo que ele não liga para ninguém, se importa com o que os outr